Falta Acessibilidades: Braga terá câmaras nos autocarros para fiscalização

Câmaras de inteligência artificial vão permitir detectar estacionamento ilegal

Projecto-piloto entre o Município de Braga e a startup Hayden AI vai instalar, nos próximos dias, câmaras de inteligência artificial nos autocarros dos TUB para detectar estacionamento ilegal nas paragens das linhas 40 e 41. Terá a duração de dois meses.

Dentre de duas semanas e durante dois meses, câmaras com recurso à inteligência artificial vão permitir identificar o estacionamento ilegal nas paragens de autocarro dos Transportes Urbanos de Braga (TUB).

Trata-se de um projecto-piloto - único no país - que vai funcionar nas linhas circulares urbanas 40 e 41, que atravessam zonas da cidade com grande densidade populacional, no âmbito de uma parceria entre o Município de Braga e a a startup Hayden AI, que resulta do prestigiado Transatlantic AI Award, do EIT Community AI Challenge, do qual saíram co-vencedores.

Segundo explicou a vereadora Olga Pereira, esta tecnologia vai “permitir filmar em tempo real as infracções que forem detectadas nas paragens de autocarros”, no caso de “estacionamento ilegal”.

“Tudo isto já está devidamente articulado com a protecção de dados e vamos poder actuar sobre as infracções.

Para nós a utilidade é óbvia, a eficiência das circulações dos autocarros nas cidades fica muito comprometida pelos estacionamentos ilegais, não apenas porque compromete a pontualidade dos próprios autocarros, mas também a entrada das pessoas com mobilidade condicionada fica comprometida, provoca filas de trânsito e os autocarros são obrigados a estar em segunda fila impedindo que a circulação flua normalmente”, sublinhou, considerando que esta tecnologia “vai ser muito útil para evitar esses constrangimentos”.

Olga Pereira revelou que, nesta fase experimental, os dados recolhidos serão apenas para tratamento estatístico, mas, no futuro, caso a tecnologia venha a ser aplicada, poderá resultar em multa efectiva.

Vereadora elogiou o facto de Braga ser a primeira cidade portuguesa a receber esta tecnologia, usada em grandes cidades como Nova Iorque e Washington e que, em breve, chegará a Barcelona.