Civismo, respeito e cumprimento das regras do código
precisam-se
As regras, avisos e ameaças de multas são do conhecimento de todos e são transmitidos pelas autoridades à exaustão.
No entanto, todos os dias é possível observar os mais variados comportamentos de risco na estrada, em desrespeito pelas regras do código, condutores, peões e ambiente.
Reunimos alguns exemplos frequentes de comportamentos de risco na estrada, muitos de fácil solução.
Basta haver mais civismo e cumprimento das regras.
12 exemplos de comportamentos de risco na estrada
Telemóvel e auriculares: toda a atenção é pouca
Todos sabemos como é importante atender aquela chamada ou responder àquela mensagem.
E que é igualmente importante deixar um “gosto” na publicação da amiga ou comentar a última polémica das redes sociais.
Mas mais importante é manter a atenção onde ela deve estar: na estrada, sem pôr em risco a sua vida e a dos outros.
A utilização do telemóvel aumenta em 4 vezes a probabilidade de ocorrência de acidentes.
E a troca de mensagens aumenta esta probabilidade 23 vezes! Se utiliza auriculares para ouvir música ou falar ao telefone, mesmo que esteja a utilizar apenas um, como permite a lei, vai estar a perder muitos dos sons que importa receber.
Lembre-se que a mesma atenção que presta ao telemóvel é a mesma que retira à condução.
Vias de trânsito: o péssimo hábito de seguir pela esquerda ou no meio
Quantas vezes observamos veículos que conduzem "esquecidos" na via mais à esquerda ou na via do meio? E quantas vezes vemos outros veículos que aproveitam o facto e ultrapassam pela direita ?
Talvez persista a ideia de que a via de trânsito mais à direita é apropriada para os veículos pesados ou muito lentos.
Será isso?
Será distração ?
Será esquecimento ?
Será receio ?
O que é certo é que muitos condutores esquecem a simplicidade da lei: a condução faz-se sempre pela direita, exceto para ultrapassar ou mudar de direção.
Esta é a regra, cumpra-a.
Rotundas: problemas à saída e à entrada
Primeiro grande problema: as saídas repentinas a partir do centro ou das faixas mais à esquerda diretamente para a saída.
Muitas vezes sem a devida e atempada sinalização.
Segundo grande problema: entrar na rotunda como se de uma reta se tratasse.
Lembre-se que ao chegar a uma rotunda deve ceder passagem aos veículos que nela circulem.
E que de acordo com as alterações ao Código da Estrada, passou a ser proibida a circulação pela via mais à direita, salvo se se pretender sair da rotunda na saída imediatamente a seguir.
Arremesso de objetos: o cinzeiro continua a ser enfeite
O arremesso de objetos, como cigarros (e respetivas embalagens) é perigoso para os outros (especialmente para motociclistas) e perigoso para o ambiente, sendo causa de fogos e de poluição.
Mas não são só as beatas de cigarros.
São garrafas, latas, papéis e os mais diversos objetos.
O cinzeiro despeja-se em recipientes adequados, bem como o restante lixo produzido no interior do carro. Nunca na estrada ou enquanto o semáforo está vermelho.
Sinalização de manobras: quem vem atrás que adivinhe
A ausência atempada de sinalização por parte dos condutores deixa na incerteza e pode surpreender pela negativa quem segue atrás e à sua volta.
Os indicadores de direção – os “piscas” – estão lá para serem usados, na frequência necessária e sempre que se justificarem.
Neste caso, é melhor pecar por excesso do que por ausência.
Faróis: entre o excesso e a falta
Quantas vezes nos deparamos com os faróis médios de quem circula em sentido contrário mal regulados, em aparente função de máximos ?
Este é um comportamento altamente perigoso, que contribui para “cegar”, encandear e desorientar o trânsito que recebe tamanha intensidade de luz.
Verifique com frequência as luzes do seu veículo, não se esquecendo das luzes traseiras, ainda mais negligenciadas porque, simplesmente, estão lá atrás e nem se dá por elas.
Falta de manutenção: o pingar contínuo de óleo
Oléo e mais óleo. Perigo, atrás de perigo.
Os traços, poças e acumulação de óleo junto de locais de paragem (semáforos, cruzamentos, passadeiras, estacionamentos, etc.), bem como em locais com inclinações (subidas, rotundas, lombas…) são testemunhos do perigo que representam para o veículo e condutor que os produz, bem como para os outros, com as inevitáveis perdas de aderência, derrapagens e acidentes.
Aqui, e mais uma vez, o elo mais fraco reside nas duas rodas: motociclistas e ciclistas.
Mantenha o seu carro ou moto em perfeitas condições de circulação.
Todos agradecem.
Espelhos retrovisores: eles existem e são úteis !
Todos os veículos incluem espelhos retrovisores.
Trata-se de um equipamento essencial e extremamente útil que, muitas vezes, é esquecido ou mal utilizado.
Basta olhar para eles frequentemente, especialmente em mudanças de direção e manobras diversas.
Também são muito úteis para que o condutor mantenha uma perceção constante do espaço ao redor do seu veículo, assim como da presença dos restantes veículos.
Não se esqueça deles, de os orientar convenientemente e de os substituir sempre que se partem ou oxidam. Em resumo: olhe por eles e olhe para eles.
Ao volante: mãos em tudo, menos no volante
s mãos devem estar sempre no volante. Infelizmente, são demasiadas as vezes que também passeiam por outros fortes concorrentes de atenção, como o telemóvel, os cigarros, a comida, o GPS, o rádio, o retocar da maquilhagem e outras distrações que põem em risco a segurança de todos. 1 em cada 10 acidentes são provocados por distrações ao volante.
Por isso, concentre-se sempre na condução e na segurança - sua e dos outros.
Estacionar e parar: "fica já aqui!"
Um dos exemplos mais habituais de infração, de falta de civismo e de respeito, especialmente nas grandes cidades. Nos passeios, nas passadeiras, nos locais destinados a transportes coletivos ou a outros veículos, em segunda ou até terceira fila, tudo é possível porque “vou só ali e já venho”.
Um comportamento tão habitual que, infelizmente, chega a passar quase despercebido.
Motos: toda a liberdade, mas nem sempre com todo o equipamento
T-shirt, calções, chinelos são a opção errada.
Hoje em dia, a oferta de equipamento está perfeitamente adequada a cada estação (esteja calor, frio, chuva ou vento) e para cada tipo de utilização (para a cidade, grandes viagens, em estrada e fora dela). Portanto, não há desculpas.
A utilização de capacete, luvas e vestuário completo, específico, resistente e com materiais refletores oferece mais segurança, proteção, conforto e tranquilidade.
Álcool: demasiadas vezes a bordo
Um velho problema e, infelizmente, demasiadas vezes presente a bordo de muitos veículos.
Nunca é demais lembrar: se conduzir, não beba. Repetimos: se conduzir, não beba.
Civismo: as boas tradições não se devem perder
Por fim, o civismo.
Um conceito vasto e complexo que não abunda na estrada e que abarca todos os casos que vimos anteriormente.
Na sua base, são exemplos que estão mais ou menos relacionados com atitudes e cultura. Infelizmente, exacerbados pela própria presença do volante, todos estes casos dão origem a muitos comportamentos que são dispensados.
A calma, o respeito e a partilha civilizada das vias públicas é essencial para evitar muitos comportamentos que apenas produzem manobras perigosas e eventuais acidentes.